sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Restaurante Peruano

Fui conhecer o tal Intihuasi, restaurante peruano que fica na Barão do Flamengo, no Flamengo, claro.
Pequenininho, e as mesas um tanto apertadinhas, mas simpático.
O dono, João Paulo, é engenheiro, casado com uma peruana, e o casal toca a casa.
Porque no Flamengo? Por que eles moram ali pertinho...
Cozinha peruana aqui no Rio deve ser meio complicada: como não temos um intercambio muito grande, não há fornecedores com oferta constante de produtos que não crescem aqui, como por exemplo o choclo, um milho de grão imenso, servido cozido acompanhando o ceviche, ou cebiche, como preferirem.
Anyway, pedi um vinho branco (a carta é meio caidinha - falta de espaço, diz o João Paulo) e um ceviche misto: camarões, lulas, peixe branco, polvo e cogumelos, todos em pratinhos separados. Na falta de choclos, milho verde na espiga, cortada em quatro ou cinco pedaços. Ótimos, foram muito bem com o vinho simples, bem ácido e refrescante (nào me pergunte a marca...)
Depois, uma carne de porco assada que não estava o bicho (passada e seca) com o que parece uma pamonha, também meio sem gosto.
Valeu pela curiosidade, e ainda ficaram uns itens do menu por conferir.
Ahhh!!! last but not least, eles servem canchita no couvert (quando conseguem portador do Peru). Canchita, para quem não sabe, é uma pipoca que implode, hehehe. Estou sem saco par explicar agora, talvez na próxima visita...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

AZUMI - O melhor japa do Rio, disparado!

AZUMI - meu japa recorrente!
Frequento a casa desde que abriu, há uns vinte anos.
No início, geralmente ia lá com algum contrabando, pois a casa não era conhecida nem badalada, mas a comida sempre foi ótima.
Depois que casei com a DP, passou a ser nosso japa de sempre.
A equipe é toda muito atenciosa, e o Sr. Ohara sempre nos cobre de gentilezas.
Há tempos, estávamos lá num domingo, sentadinhos no balcão do sushi-bar (raramente sento lá - prefiro sentar no balcão dos grelhados ou lá embaixo, numa mesa comum) e eis que surge o Alex.
Que Alex, me perguntarão os incautos? "O" Alex - ele mesmo, o Atala, o chef mais endeusado do Brasil.
Nos cumprimentamos, ele fez uma festa, e, indagado sobre como havia vindo parar lá, disse que haviam dito que lá era onde se comia comida japonesa de verdade no Rio. Verdade verdadeira!
Na semana seguinte, lá encontramos o Claude (qual Claude? o Troisgros, tolinhos!). Recém separado da Marlene, ele estava desfilando a namorada nova (parece que tiveram um bebê recentemente) e acabou virando habitué.
Mas, voltando ao assunto, lá fui eu mais uma vez este domingo para o meu querido Azumi, desta vez ciceroneando um grupo eclético, que incluia um chef alemão, tres chefs brasileiras, um italiano expert em A&B, dois sommeliers franceses que trabalham na Espanha e um cirurgião plástico, ao todo 10 pessoas.
Começamos com um combinado só com peixes brasileiros - dispensamos os salmões e ovas que podem ser encontrados em qualquer lugar - e um sashimi de lulas, seguidos por vários pratinhos: de guioza, tempura de camarões e legumes, favas de soja verde cozidas na água e sal, lulas à dorê - japanese style - , e como Gran Finale, cabeça de Olho-de-Boi assada (uma delícia que só descobri recentemente).
Tudo isto regado a Namá, o delicioso e levíssimo saquê da Azuma Kirin que não é pasteurizado (mais ou menos como o chopp está para a cerveja) e que só recentemente entrou para a carta do Azumi, que tem uma boa variedade de saquês importados e nacionais. Como eu aprecio a mistura, pedi umas garrafas de Antarctica Original, também apreciada por todos. Os dois sommeliers gringos e suas namoradas pediram caipisaquê de lychia (ok, uma concessão para os gringos).
Arrematando o regabofe, uma rodada de "remedinho" com fatias de laranja. O "remedinho" é uma pinga antiga, da qual o Sr. Ohara faz um mistério danado, mas que já me confessou virem de um alambique que ele encontrou abandonado numa fazenda que ele comprou.
Nem preciso falar que voltarei sempre!!!

Osteria del'Angolo

Sou fã da Osteria, desde o começo.
Antes, o Luciano Pessina (um dos sócios) foi sócio do Da Brambini, no Leme: vem de lá minha simpatia, eu até achava que o nome dele era Luciano Brambini.
Voltando à vaca fria: lá fomos nós, Dona Patroa e eu, á procura de um italiano honesto e correto. Nada de Pomodorino ou Artigiano, as casas bem sucedidas e conhecidas do João, que a meu ver praticam uma cozinha mais para medíocre.
A Osteria anda meio devagar, e o cardápio está precisando de uma mexida, ficou parado no tempo, mas sem dúvida o que é servido é muito bem feito: DP pediu um Capeletti al Pomodoro, mais basicão impossível, mas a massa estava no ponto certo, e o molho de tomate, feito de tomates frescos, talvez com um pouquinho de massa de tomate para encorpar, estava ótimo, sem acidez excessiva, um daqueles pratos que dispensam o queijo ralado, que geralmente serve para disfarçar a "insossura". Eu, fã de lasagna, pedi uma com ragu de cordeiro - impecável, porém meio mal servida - acabei o prato antes de acabar com a fome.
Par acompanhar, um tinto alentejano, Vinha do Monte 2004, corte de Aragones e Alicante Bouschet, de bom corpo, que se não casou tão bem com o capeletti (nem esperava que combinasse...), foimuito bem com o meu prato.
Na saída, uma boa surpresa: paguei em dinheiro e ganhei um belo desconto (acho que 15%) no vinho. Qualquer dia eu volto!

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Porquê eu insisto?

Tenho uma certa antipatia - certa, não: aberta - pela rede "Alessandro e Frederico".
Isto vem de logo que eles abriram, acho que o nome nem era este, um dia em que eu estava comendo um sanduiche (o pão deles era e ainda é ótimo), e vi uma mulher, que um empregado mais tarde identificou como mulher de um dos donos, destratando um cliente. E continuou falando dele em tom alto depois de sua saida, como se interessasse aos outros frequentadores a opinião dela.
Como o serviço não era estas coisas, e o La Botella usa o mesmo pão para fazer seus sanduiches, que ainda são mais baratos, deixei de frequentar a casa.
Tempos depois, logo após o Guima's ter sido "expulso" do Fashion Mall (sobre o Guima's escrevo outro dia, porque, para o bem ou para o mal, a casa merece) e substituido pelo A&F, resolvi dar uma chance nova à casa, agora uma bem sucedida rede, com aplauso frequente da crítica especializada: tinha resolvido uns assuntos no shopping, e enquanto aguardava um carro me buscar resolvi fazer uma hora na varanda, talvez beliscar algo ou tomar uma cerveja. Só consegui matar o tempo, pois após ter atravessado todo o restaurante até a varanda e ter me acomodado sozinho em uma mesa, sem que aparecesse um maitre ou garçon para me guiar, fiquei exatos quinze minutos sentado, lendo o jornal, e nem um unico atendente me achou merecedor de atenção. Logo o motorista que eu aguardava chegou e me levou para paragens mais hospitaleiras.

HOJE, primeiro dia do ano, voltei ao A&E original, depois de uma pernada de Copa ao Leblon, para agradar Dona Patroa (DP), que andava meio mal, aborrecida com os acontecimentos do fim de ano (nada comigo, diga-se, mas totalmente justificado) e acha aquelas casas da região - Via Sete, A&E, Forneria, etc... - bastante charmosas. Pedimos uma salada, ela, e um sanduiche de presunto de Parma, eu. O vinho branco, um Sauvignon Blanc sul americano, estava frio e correto. A cerveja que pedi, uma Stella Artois, veio só fresca. Meu pedido à garçonete para que trouxesse uma outra que estivesse mais gelada foi atendido com uma Skol Beats, que no começo até deu para beber.
A salada estava meio sem graça, mas o sanduiche estava bem mais. Aquelas rodelas de tomate para salada, com o caldo do miolo do tomate empapando o pão todo, a mussarela de bufala totalmente insossa e o presunto que de Parma nunca foi, quando muito um Sadia, e olhe lá, todo cheio de nervinhos, compuseram uma das combinações mais sem graça que comi ultimamente. Nem colocando um pouco do molho pesto que acompanhava a salada da DP o sanduiche melhorou.
O serviço é muito fraco e desatento, e não parece haver empenho da casa e melhorar. Fico pensando o que leva legiões a fazerem fila na porta de um restaurante que os trata com tanta displicência...
Só se for a baguete, que continua ótima...