quinta-feira, 21 de maio de 2009

Guy Bistrô

Com altas recomendações do Tio Bigode, fui conhecer o Guy Bistrô, na Fonte da Saudade.
Mesinhas na varanda, fechada com cortinão de plástico, mesinhas simples, de barzinho mesmo, acho que daquelas dobráveis. Do lado de dentro, é mais uma deli, padaria, sei lá, mas no segundo andar tem mesas mais arrumadinhas um pouco. O menu, como a decoração, é simples, bem montado, mas logo no começo vem umas declarações da chef, Como é o Nome Dela Mesmo Ximenes, que aquilo que está no menu é praticamente a vida dela: calma aí, moça, é só comida mesmo... un tiquitito solo pretenciosa...
Lá fomos nós explorar o cardápio: de entrada, gyoza de pato com cogumelos, dividido. Tava mais para ravioli, uns pasteizinhos gostosinhos, acompanhados por pão (acho que feito na casa). Os cogumelos estavam no molho, espesso, impregnado de funghi.
Estava com boca para branco, escolhi um Sauvignon Blanc frances mais para barato. Curtinho de nariz e de boca, mas agradável. Esqueci o nome agora, mas o prejuizo não é grande.
A carta de vinhos é estranha, com vários vinhos na faixa de R$60,00, pulando direto para a faixa dos R$100,00, R$110,00, com quase nada de vinhos de preço intermediário. Foi feita pelo Jorge Marcondes (está escrito), acho que os vinhos são todos da Expand.
Nada é o que parece: os pratos não tem muito a ver com a descrição feita no cardápio. Não que os ingredientes sejam trocados, é mais a aparencia e a montagem
Para prato principal, DP e eu ficamos interessados no mesmo: uma galinha cozida com ervas, azeitonas, etc., servida com polenta recheada de Brie: simpático, não? Acabei pedindo outra coisa que me interessou, uma picanha de cordeiro servida com couscous, frutas secas e pinoli.
A louça é bonita, mas os pratos são mal apresentados. De textura, a galinha estava bem macia, porém a polenta era mole demais, e com o molho e o brie derretido acabou virando um sopão. Faltou um pouquinho de tempero e também servir a penosa desossada, pois tirar a carne dos ossos naquele pratão fundo, em meio àquela lama, ficou difícil e trabalhoso.
Meu prato veio dum jeito que parecia jogado: a picanha fatiada, grelhada no ponto que pedi, estava bem macia, mas veio atirada de qualquer modo sobre o couscous, na penumbra parecia um mexidão. No couscous, muuuuuita manteiga. Enquanto tinha frutas secas e molho, até que deu para disfarçar, mas no fim estava ruim de engolir. Tá bom que a fome já tinha passado, mas uns 100g a menos de manteiga ali não fariam falta nenhuma.
Não me animei com nenhuma sobremesa, nem ela.
Lendo tudo aí acima, parece até que não dá para voltar, mas dá. Sem muita fome, para provar as saladas e os peixes, qualquer hora vamos fazer outra visita.
Em tempo: o serviço foi bastante satisfatório, os garçons atenciosos e simpáticos.

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